Não é só o parco número de casas entregues (565 das 265 mil previstas) o dado ou “fato” negativo que está sendo omitido pela Caixa e pelo Governo.
Isto porque nem o Governo nem a Caixa, têm dado ouvido ao setor que administrará e fará a manutenção dessas verdadeiras “cidades”.
O advogado e administrador de condomínios Dr. Paulo Bom diz que: ” temos visto que o Governo tem simplesmente ignorado os alertas de empresários para que a cota condominial necessária à manutenção desses imensos condomínios sejam incluídos na parcela de financiamento, bem como que a administração desses condomínios, por empresas especializadas em administração condominial, sejam subsidiadas pelo Governo.
Se isso não ocorrer, não haverá interesse de empresas idôneas (por correrem o risco de não serem remuneradas) em fazer essa administração, dando azo a empresas despreparadas a assumirem tal tarefa, possibilitando a má gestão e deterioração desses condomínios.
É que, com uma renda de até três salários mínimos, saídos de uma posição onde não tinham a obrigação de pagar condomínio e sem o planejamento para pagamento dessa manutenção do próprio imóvel, é iminente o perigo de inadimplência e conseqüente falência dessas “cidades”, tornando-se um grande problema a ser administrado pelas Prefeituras.
É imperativo que o Governo adote medidas a subsidiar a administração desses empreendimentos, bem como mecanismos que garantam a manutenção condominial”.